Todo fim de ano também implica em um novo começo. Fechar um ciclo, iniciar outro. Para uns, somente mais uma data, para outros, esse é um momento carregado de muita simbologia e importância. Mas, você já parou para pensar sobre a origem e a história das comemorações de um novo ano? O Canela resolveu adentrar nesse assunto e reunir diversas curiosidades sobre essa celebração.
As primeiras comemorações de ano novo que se têm registro datam de 4000 anos atrás, na Mesopotâmia. Ao longo da história, a passagem de um ano para outro foi comemorada em muitas datas diferentes. Os babilônicos, por exemplo, costumavam celebrar essa virada no surgimento da lua nova, que marcava o fim do inverno e a entrada da primavera, o que indica uma data em torno de 19 de março. Como a primavera chegava mais tarde para os persas, fenícios e egípcios, essa comemoração ocorria em outro momento. Até hoje, existe uma variedade de datas e tradições em torno do Ano-Novo, de acordo com a cultura, localização geográfica, crenças religiosas, formação do calendário, entre outros pontos.
No Brasil, o calendário utilizado é o gregoriano, em que o Ano-Novo é comemorado no dia 1º de janeiro. A escolha dessa data começa lá atrás, em 46 a.c., com a ascensão do Império Romano, onde o imperador Júlio César adota o calendário juliano. Para os romanos, o mês de janeiro era um mês consagrado ao deus Janus, uma divindade de duas faces, em que uma está sempre voltada para frente (o porvir) e outra para trás (o que já passou). Janus representava para esse povo, transformação, transições, começos e fins.
Com a queda do Império Romano no século V, a Igreja Católica ganhou poder, se estabeleceu e instituiu o 1º de janeiro enquanto uma data pagã, optando pela comemoração dessa passagem no dia 25 de março, dia em que ocorreu a aparição do anjo Gabriel para Maria. Porém, muitos séculos depois, em 1582, na Europa, ocorreu a introdução do calendário gregoriano, o mais utilizado no mundo atualmente, por uma iniciativa do papa Gregório XIII, e adivinha? A comemoração do Ano-Novo é decretada novamente no dia 1º de janeiro.
Mas, o que ocorre em países que não adotam o calendário gregoriano ou optaram por uma data diferente? Separamos alguns exemplos de comemorações ao redor do mundo. Começamos pelo Ano-Novo Chinês, celebrado durante a primeira Lua Nova, com uma festa que dura cerca de uma semana. Já o Ano-Novo Tailandês, conhecido como Songkram, acontece no dia 13 de abril do calendário gregoriano e costuma ser comemorado com uma “guerra de água”, elemento que remete à purificação. Dessa maneira, ruas são fechadas e pessoas, de diferentes idades, jogam água umas nas outras, simbolizando o desejo por prosperidade e harmonia.
No que se refere ao calendário islâmico, ele possui 11 dias a menos que o gregoriano, por isso a data de Ano-Novo varia. Por lá, as celebrações costumam serem mais voltadas à introspecção, compaixão, oração e jejum. Vários outros exemplos poderiam ser citados, como o Ano-Novo Etíope, no dia 11 de setembro; Ano-Novo Iorubá no dia 3 de junho; Ano-Novo Judaico, determinado pelas fases da lua e que costuma ocorrer entre os meses de setembro e outubro do calendário ocidental, entre outros.
O que notamos é que, ainda que de maneiras diferentes, a passagem de um ano para outro costuma ser marcada por um rito, sendo os ritos, um marco para as incontáveis transições que enfrentamos ao longo da vida. No livro, A passagem do meio, o autor James Hollis afirma,
”(…) a ideia da passagem é essencial, pois todas as passagens implicam o fim de algo, algum tipo de morte, e o início de algo, algum tipo de nascimento. Somente a morte é estática; o princípio da vida é a mudança, e temos de passar por muitas mortes e renascimentos para levarmos uma vida significativa”.
Nesse sentido, o antropólogo Lévi-Strauss afirma que “os rituais – sejam eles festivos, militares ou religiosos – têm como marca comum a repetição e oferecem uma sensação de segurança, não apenas por sua familiaridade, mas porque promovem um sentimento de coesão social. Eles demonstram a ordem e a promessa de continuidade desses grupos. Individualmente, a necessidade de se reinventar também é cíclica”.
Utilizando uma lente de aumento e considerando as diversidades culturais dentro do nosso território, chegaremos à conclusão de que, apesar de termos uma proximidade nas formas de comemorar a chegada de um ano novo, cada família, cada indivíduo, cria suas próprias maneiras de atravessar esse momento. Alguns optam por estar com a família, outros preferem ficar sozinhos, viajar, pular ondas, optar pela cor branca, colocar uma folha de louro na carteira… Todos desejando por um início que seja de boas novas.
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Desde já, feliz ano que virá!
Referências:
FRANCO, G. Ano-Novo e Réveillon. PreparaEnem, [s.d]. Disponível em: <https://www.preparaenem.com/datas-comemorativas/ano-novo-e-reveillon.htm>.
FERNANDES, M. Ano-novo. Toda Matéria, [s.d]. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/ano-novo/>.
Réveillon: conheça a origem dessa celebração. Significados, [s.d]. Disponível em: <https://www.significados.com.br/reveillon/>.
HELENA, M. O sentido simbólico dos ritos nos dias atuais. Jung na Prática, 2017. Disponível em: <https://www.jungnapratica.com.br/ritos/>.
MACHADO, S. A importância dos ritos de passagem. MultiRio, 2016. Disponível em: <http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/8585-a-importancia-dos-ritos-de-passagem>.
10 culturas que celebram o ano novo em datas diferentes. Genera, [s.d]. Disponível em: https://www.genera.com.br/blog/ano-novo-culturas/#:~:text=Ano%20Novo%20Chin%C3%AAs,meses%20de%20janeiro%20ou%20fevereiro.>.