A relação entre a natureza e a saúde mental é reconhecida há séculos, mas só recentemente a ciência começou a aprofundar esse vínculo, revelando os mecanismos por trás dos benefícios que um simples passeio em uma trilha pode trazer para o nosso bem-estar psicológico.
Estudos apontam que estar em ambientes naturais reduz níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e promove a liberação de serotonina, responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Pesquisas da Universidade de Stanford, por exemplo, mostraram que caminhadas em áreas verdes diminuem significativamente pensamentos negativos e ruminações, que estão associadas a transtornos como depressão e ansiedade (Bratman et al., 2015).
Além disso, o contato com a natureza estimula a atenção restaurativa — a capacidade do cérebro de se recuperar da fadiga mental —, conforme a Teoria da Restauração da Atenção (Kaplan & Kaplan, 1989). Isso significa que caminhar em trilhas não só relaxa, mas também ajuda a melhorar o foco e a clareza mental.
Ao caminhar em uma trilha, ativamos múltiplos sentidos: o olhar que se encanta com a diversidade de verdes, o som da água e dos pássaros, o toque nas folhas e a sensação do terreno sob os pés. Essa integração sensorial gera um estado de presença plena, que é terapêutico por si só.
No Park Canela de Ema, promovemos trilhas com mediação para que essa experiência não seja apenas física, mas também emocional e social — incentivando a escuta entre os participantes, o compartilhamento de sensações e a conexão profunda com o ambiente.
O conceito de “ecoterapia” tem ganhado espaço na psicologia e na medicina integrativa. Ela envolve o uso de experiências em ambientes naturais como parte do cuidado com a saúde mental, fortalecendo a resiliência e o equilíbrio emocional (Jordan & Hinds, 2016).
Para grupos corporativos, escolares ou comunitários, as trilhas são uma forma acessível e eficaz de reduzir o estresse, melhorar o relacionamento interpessoal e fomentar um ambiente mais saudável e produtivo.